Porque a mobilidade é um direito!
A discussão acerca do Plano Diretor também inclui o tema da mobilidade urbana, ou seja, a forma como as pessoas se locomovem na cidade ou entre cidades. O planejamento urbano deve compreender as diversas formas de locomoção em relação aos investimentos que são direcionados a cada um destas diferentes formas, na perspectiva de que a mobilidade é garantia de acesso a inúmeros direitos fundamentais tais como saúde, educação, lazer, cultura, dentre outros.
Uma política pública que compreende a mobilidade como direito deve ajustar os investimentos públicos de forma a garantir que todos tenham a mesma possibilidade de acesso a bens e serviços públicos, ou seja, que todos habitantes da cidade tenham a mesma qualidade de vida.
O que é a integração de meios de transporte e porque ela é importante para garantir direitos na cidade?
Há várias formas de integração de transporte. Uma delas é a integração tarifária, voltada para o transporte coletivo, como a proposta de implementação do Bilhete Único. Outra forma de integração é a integração dos diferentes modais, ou meios de transporte, sejam eles públicos ou privados, motorizados ou não motorizados (trens, metrôs, ônibus, bicicleta e táxi).
Esta integração dos meios de transporte é hoje um dos objetivos da Política de Mobilidade Urbana (Lei n. 12.587/2012), e amplia a possibilidade das pessoas se locomoverem na cidade. Ainda, permite que a gestão da mobilidade urbana priorize o transporte não motorizado sobre o motorizado e o transporte coletivo sobre o individual, permitindo que as pessoas utilizem diferentes meios com segurança e custo acessível, reduzindo os custos ambientais.
Exemplos de ações que visem a integração de modos de transporte são:
a) disponibilizar estacionamento de bicicletas nos terminais de ônibus ou mesmo permitir espaço para os ciclistas transportarem as bicicletas dentro dos ônibus;
b) ofertar sistema público de bicicletas integrado à rede de transporte público;
c) incentivar estacionamentos para veículos individuais nos terminais de integração ou próximo aos pontos de ônibus, para que o motorista individual possa utilizar o transporte coletivo para ir ao centro da cidade;
d) o táxi também é um modo de transporte e pode se integrar ao transporte coletivo ou ao transporte individual (motorizado ou não) como alternativa de locomoção em áreas centrais ou próximas a serviços básicos, onde o uso do automóvel deveria ser desestimulado.
Hoje há uma enorme desigualdade na distribuição dos investimentos públicos se comparados à percentagem que cada modo de transporte usa do sistema viário. Dados da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP, 2014) indicam que o transporte coletivo é responsável por 57% das distâncias percorridas nas cidades brasileiras ao passo em que, contudo, é o transporte individual motorizado (carros e motos) que recebe 77% dos gastos públicos com mobilidade. Todos estes gastos são dirigidos, conforme informa pesquisa do IPEA (2011), para apenas 23% da população – que é a porcentagem de pessoas que utiliza o carro diariamente como meio de transporte no Brasil.
A redistribuição equilibrada do uso do espaço viário e dos novos investimentos entre os diversos modais deve garantir que o modo mais utilizado pela população, que é o transporte coletivo, tenha prioridade. Este último transporta uma grande quantidade de passageiros e demanda por menor espaço no sistema viário, além de consumir quantidade de energia muito menor do que o transporte individual motorizado (conforme a citada pesquisa da ANTP). Por outro lado, o transporte coletivo atende à locomoção da população que dele precisa por falta de alternativas de ir e vir, desempenhando um papel importante na integração social e econômica.
Ainda, o investimento em infraestrutura cicloviária incentiva o uso das bicicletas, menos poluentes, mais econômicas, que proporciona autonomia ao usuário e é mais acessível a toda a população, por não exigir idade mínima nem habilitação, pelo baixo custo de aquisição e manutenção em comparação com os modos de transporte motorizados.
Em Curitiba a integração do coletivo com a bicicleta pode ser facilmente implementada nas linhas de ônibus já existentes, tanto pela via dos estacionamentos gratuitos dentro ou ao lado dos terminais (já implementado em capitais como Florianópolis, Goiânia e São Paulo), como especialmente autorizando o ingresso de bicicletas nos últimos vagões/carros dos biarticulados, possibilitando que ciclistas usem o ônibus para ir de um terminal a outro, similar ao que ocorre nos metrôs de outras cidades (Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo). Tais medidas facilitam a vida principalmente de quem depende das linhas alimentadoras nos bairros, pois estas são as linhas menos frequentes e mais cheias nos principais horários, e pode representar economia significativa pra quem depende de linhas de ônibus não integradas.
A integração modal deve ser objetivo da política de mobilidade de Curitiba, pois somente assim os investimentos em infraestrutura garantirão qualidade aos usuários, incentivarão o uso de modais coletivos ou não motorizados, e haverá realmente a efetivação da mobilidade como um direito fundamental do cidadão.
Clique aqui para conhecer os outros pontos da Campanha Mobilizar Curitiba:
– Controle social e participação popular na gestão do transporte público
– Moradia popular em ÁREAS CENTRAIS
– Pela INTEGRAÇÃO metropolitana
– Bilhete ÚNICO mensal
– Política pública de moradia popular
– Contrapartida social OBRIGATÓRIA em novos empreendimentos imobiliários
– CONCITIBA pra valer!
– Ciclovias ao longo das canaletas
– Regularização Fundiária Já
Pingback: Propostas da sociedade civil para revisão do Plano Diretor de Curitiba serão apresentadas ao poder público | mobilizacuritiba.org.br
Pingback: Boletim especial | Propostas do Mobiliza Curitiba para o Plano Diretor | mobilizacuritiba.org.br
Pingback: Seminário Mobiliza Curitiba e o Plano Diretor: propostas para um planejamento participativo — Terra de Direitos
Pingback: Organizações da sociedade civil cobram efetivação da participação popular na revisão do Plano Diretor de Curitiba | mobilizacuritiba.org.br
Olá Sr / Sra
Como estão você e sua família? Espero que tudo corra bem para todos.
Eu sou a senhora JASMINE STRATMAN, eu sou originalmente de França,
Eu tenho o seu contato a partir do ano? Profissional, você
escrevo para pedir seu serviço para criar um novo emprego
Assistente pessoal em seu país. Você será responsável para a
Gerenciando minha expectativa de negócios pessoais em parte
ativo, enquanto que será responsável pela parte financeira. Eu
gostaria de saber os equipamentos necessários para investir em
seu país, vou esperar por sua aceitação para me ajudar no meu
planos de investimento no seu país, vou enviar todas as
detalhes para você assim que você confirmar o meu pedido. Por favor,
Esta é uma carta confidencial. Aguardo uma resposta
favorável. Sinceramente, você pode me contactado por este E-mail para mais informações.
Entre em contato comigo: [email protected]
MS. jasminestratman